A feira, cultura e alegria
Você
sabe o que é identidade cultural? Não!? Então faz assim: vai na feira da sua
cidade. Foi dessa maneira que os alunos da MIQUEI fizeram para achar o tom da
festa de São João. O Arraiá da Feira Livre da MIQUEI teve muita comida,
animação, alegria e expressões artísticas. Tudo isso para mostrar o valor e a
importância das pessoas que, através do seu trabalho diário, sustentam uma das
mais importantes expressões da nossa cultura popular, a feira-livre.

Todo
o trabalho tinha um caráter artístico de cultura popular nordestina, começando
pelas artes inspiradas na xilogravura
que estampavam as paredes da instituição. Trabalho realizado pela aluna Narana,
que emprestou seu talento artístico, enfeitando a festa com cenas do cotidiano
do nordeste brasileiro com tinta preta, inspiração e muito capricho. Mas ela não foi a única estrela dessa cena
não, a turma de alunos regular da instituição incorporou vendedores de feijão, farinha, plantas, temperos e tudo mais que existe em uma
feira-livre do nordeste brasileiro.
Esse
momento serviu como base para uma história muito bem contada, por meio do
teatro, (interpretada pelos alunos Maria Inês e Paulo) de uma certa senhora
chamada Catirina, envolta em um desejo de gestação, de comer uma língua de boi.
Acontece que na história, o marido dessa senhora não sabia como realizar o
desejo da mulher. Mas, o coitado do marido, de tanto ser pressionado, acaba
cometendo um furto, rouba a língua do boi do homem mais importante da cidade, o
‘coroné’ (interpretado pelo aluno Ginaldo). A partir daí, se desenrolou uma
situação muito complicada para os envolvidos, menos para Catirina, que foi se
deliciar com a “iguaria”.O ‘coroné’ fica muito triste, pois o boi que teve a
língua arrancada era o seu predileto.
Ele pede então ajuda das pessoas da feira para reanimar o pobre boi, e
eis que acontece uma magia, as pessoas se reúnem e em um ato de compaixão com o
coroné, ressuscitam o boi. O que acontece depois? Começa uma linda festa, comandada
por um boi vistoso e colorido e animada pela empolgação de todos os alunos da
MIQUEI.
Mas arraiá que se preze tem que ter quadrilha e casamento matuto. Teve. E a Dona Noêmia (Mãe da aluna Maria Inês) na altura de seus 73 anos de sabedoria foi a “puxadora” da quadrilha junina, que animou os convidados da festa e ainda realizou o casamento de um casal bem duvidoso... Depois, foi só forró e arrasta pé com os músicos do trio Coração do Brasil e dona Noêmia, que estava toda animada, com pandeiro na mão e alegria no coração.
Ivanildo Brito
Coordenador Pedagógico da Miquei
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